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Mamografia

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04/02/2021 - Por: Toyota Tsusho Corretora de Seguros

Mamografia

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Mamografia
Antes de falarmos sobre a importância do exame é importante diferenciar dois conceitos – rastreamento e detecção precoce de uma doença.

O rastreamento é uma aplicação de teste ou exame em uma população sem sinais ou sintomas de doença com o objetivo de identificar pacientes com alterações que sugerem a presença de uma doença.

A detecção precoce ocorre quando o paciente já é portador da doença e a estratégica de exame ou aplicação de testes visa a identificação dessa doença o mais próximo possível de seu início.

No caso do câncer de mama a mamografia é um exame de rastreamento cujo objetivo é avaliar mulheres que apesar de não terem nenhum sinal ou sintoma podem vir a apresentar alguma alteração sugestiva do câncer.

Trata-se do único exame de rastreamento recomendado pelo Ministério da Saúde respeitando determinadas premissas. Outros exames como ultrassonografia, ressonância nuclear magnética e tomossintese.
Sobre a detecção precoce falaremos a frente.

Mamografia – periodicidade do exame
A recomendação atual é que o exame de mamografia seja realizado em pacientes dos 50 aos 69 anos de idade a cada dois anos. Para as demais faixas etárias – menores ou maiores – não há recomendação de realização de exames de mamografia como forma de rastreamento para câncer de mama.

Vários motivos levaram o ministério da saúde a recomendar a mamografia como método de rastreamento somente para essa faixa etária bianualmente:
01 – resultados falso positivos – estudos demonstram que após 10 exames de rastreamento mamográfcio entre 20% ou 60% de algum dos exames gerar um resultado falso positivo, ou seja, indicar que a paciente tem câncer de mama quando efetivamente não tem. Outro problema é o sobre tratamento já que aproximadamente 19% das mulheres podem submeter-se a uma biopsia do nódulo mamário sem necessidade.
2 – indução de câncer de mama por radiação – existe um risco associado ao exame de mamografia já que trata-se de um exame radiológico que emite radiação. Estima-se que quanto mais precocemente se inicia o rastreamento (mulheres jovens) maior o risco no desenvolvimento de câncer pela radiação do exame.
3 – sobrediagnóstico e sobretratamento – estima-se que de cada 2 mil mulheres que se submetem ao rastreamento mamográfico em 10 anos, 10 casos serão diagnosticados erroneamente.
Esses entre outros elementos indicam que o exame, apesar de importante, não é livre de riscos, assim como não são nenhum tipo de exame e tratamento. Portanto é muito importante discutir com seu médico de forma ativa os benefícios na realização do exame de mamografia, assim como outros.
Também é importante realizar seu exame em locais adequados de qualidade comprovada. Sabe-se que máquinas antigas emitem maior radiação.

Diagnóstico Precoce
Como já tivemos oportunidade de esclarecer o rastreamento é diferente do diagnóstico precoce. São elementos importante para a detecção precoce:
01 – conscientização sobre a doença – trata-se basicamente do treinamento e disseminação de informações para mulheres sobre o câncer de mama e como ele pode ser diagnosticado precocemente.
Contudo isso não significa necessariamente sobre tratamento ou sobre diagnóstico.
02 – identificação de sinais e sintomas suspeitos rapidamente. A estratégia acima visa informar as mulheres para esse item. São sinais e sintomas importantes:
02.1 - Qualquer nódulo mamário em mulheres com mais de 50 anos
02.2 - Nódulo mamário em mulheres com mais de 30 anos, que persistem por mais de um ciclo menstrual
02.3 - Nódulo mamário de consistência endurecida e fixo ou que vem aumentando de tamanho, em mulheres adultas de qualquer idade
02.4 - Descarga papilar sanguinolenta unilateral (secreção parecida com sangue saindo da mama)
02.5 - Homens com mais de 50 anos com tumoração palpável unilateral
02.6 - Presença de linfadenopatia axilar (íngua/nódulo na axila)
02.7 - Aumento progressivo do tamanho da mama com a presença de sinais de edema (inchaço), como pele com aspecto de casca de laranja Quando apresentar um desses sinais ou sintomas procure seu médico de confiança.Câncer de MamaO câncer de mama é o tipo mais comum de câncer nas mulheres (excluindo-se os de pele) – representando 29,5% dos canceres.

Em 2020 estimativas do INCA (Instituto Nacional do Câncer) indicam 66.280 casos novos da doença. A taxa de incidência do câncer é de 61 casos novos por 100 mil mulheres no Brasil (ou seja, de cada 100.000 mulheres 61 vão ter câncer de mama durante um ano). As taxas de risco aumentam com a idade. A taxa de mortalidade é de 16 óbitos por câncer de mama por 100 mil mulheres. O principal fator para redução da mortalidade é o diagnóstico precoce que envolver o conhecimento sobre as modificações da mama ao longo do tempo assim como o alerta para os principais sinais.

Câncer de Mama - Fatores de risco
Idade acima de 50 anos – aproximadamente 8 em cada 10 casos de mama ocorrem a partir desta idade.
Fatores genéticos – mutações dos genes BRCA1 e BRCA2, nos genes TP53 e CHEK2 – estão relacionados a 5% a 10% dos canceres de mama e, em alguns casos, podem elevar o risco de desenvolvimento de câncer de mama em 80%.
Fatores hereditários - câncer de ovário na família, além do próprio câncer de mama
História reprodutiva – menarca precoce (idade da primeira menstruação menor que 12 anos), menopausa tardia (após os 55 anos de idade), primeira gravidez após os 30 anos ou não ter tido filhos.
Outro fator relacionado é a reposição hormonal (hormônio terapia) para contracepção oral – discuta com seu médico qual a melhor estratégia de reposição hormonal para o seu caso e que previna o câncer de mama – esse é um dos fatores mais importantes, embora ainda haja controvérsia quanto aos resultados de estudos.

Obesidade
Sedentarismo
Exposições frequentes a radiação ionizante – inclusive aqueles por exames como radiografia e tomografias computadorizadas. Importante a paciente saber que os exames não são totalmente isentos de riscos, especialmente aqueles em que a radiação está presente. A radiação é cumulativa e, portanto, quanto mais exames realizados maior o risco.
Tecido mamário denso a mamografia – mulheres com tecidos mamários mais densos tem um risco maior de desenvolver câncer de mama – essa condição é visualizada na mamografia – além de o exame ser mais difícil de interpretar. As mulheres jovens apresentam tecido mamário mais denso que diminui com a idade.

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