28/12/2020 - Por: Toyota Tsusho Corretora de Seguros
Covid-19 – Perguntas e Respostas
(28/12/2020)
01 – O que é Covid-19? É uma doença causada pelo vírus
SARS-CoV-2. Esse vírus é da família dos coronavírus que infectam principalmente
animais. Raramente são transmissíveis aos humanos, o que não foi o caso desse
vírus evidentemente.
O nome Covid-19 refere-se a
Corona Virus Disease (Doença do Coronavírus) e o 19 refere-se ao ano em que foi
identificado (2.019).
02 – Quais são os sintomas da doença causada pelo
Covid-19? Os sintomas mais comuns são:
febre, tosse seca e fadiga. Outros sintomas também podem estar presentes: perda
do olfato e do paladar, congestão nasal, conjuntivite, dor de cabeça, dores
musculares e nas articulações, náuseas e vômitos, manchas na pele, diarreia e
calafrios.
Casos mais graves da doença
cursam com os seguintes sintomas: dificuldade respiratória, perda do apetite,
confusão mental, dores persistentes no peito e febre elevada. Na presença
desses sintomas o pronto socorro deve ser procurado imediatamente.
03 – Como se diagnostica a doença? Todos os pacientes sintomáticos
devem ser testados através de exames diagnósticos específicos. Aqueles que
tiveram contato próximo com casos suspeitos ou confirmados da doença, mesmo que
sem sintomas também devem ser testados.
Existem três tipos de testes:
03.1 - RT-PCR – é um
teste para saber se você está com a doença (ou seja, a doença
ainda é ativa). Neste teste é pesquisada a presença de material genético do
vírus. O exame é feito por meio de swab nasal ou na mucosa da orofaringe
(cotonete no nariz ou na garganta). Apesar de indolor pode ser incomodo. Esse
exame é recomendado para ser realizado entre o 3º. e o 10º. dia após o
aparecimento de sintomas. Os resultados ficam prontos geralmente em até 3 dias
úteis. É considerado o teste mais confiável para o diagnóstico da doença.
03.2 – Testes sorológicos – são
testes realizados depois que a pessoa teve a doença, ou seja,
para confirmar se ele teve ou não a doença. Recomenda-se sua realização após 10
dias do início dos sintomas, já que esse teste procura anticorpos contra a
doença, assim é necessário um tempo para que o organismo responda ao vírus
produzindo esses anticorpos. Nesse teste podem ser pesquisados IgG, IGM e IgA.
São exames de sangue (há coleta de sangue). Caso o teste seja realizado fora do
período indicado ele pode ser falsamente negativo, ou seja, o paciente estar doente,
mas ainda não ter anticorpos suficientes para a medição.
03.3 – Antígeno/Anticorpo (teste
rápido) - Existem dois tipos de testes rápidos: um que pesquisa
proteínas do vírus (antígeno) sendo um teste para saber se você estácom a doença (ou seja, a doença ainda é ativa) e outro que pesquisa se você
já teve a doença e neste caso pesquisa-se a presença de anticorpos contra o
vírus. Em ambos os casos são testes a serem empregados principalmente em
condições em que os dois testes anteriormente indicados não estejam
disponíveis. Não é recomendado sua utilização para triagem da doença. Esses
testes têm uma taxa de erro elevada para os resultados negativos, ou seja, um
resultado negativo não necessariamente indica que a pessoa não tem a doença e
as vezes é necessário a realização dos testes anteriores para o diagnóstico.
04 – Qual a gravidade da doença? Dos pacientes que desenvolvem
sintomas, 80% se recuperam sem necessitar de atendimento hospitalar.
Aproximadamente 15% vão ter sintomas graves e vão precisar de internação com
uso de oxigênio e 5% vão necessitar de atendimento em unidade de terapia
intensiva.
05 – Quais são os fatores de
risco da doença? Os pacientes com mais de 60
anos, pacientes portadores de doenças crônicas tais como pressão alta,
problemas cardíacos ou pulmonares, diabéticos, obesos e portadores de câncer
são aqueles que tem maior risco de desenvolver as formas mais graves da doença.
06 – Qual a situação atual da doença no Brasil? Dados atualizados até 13/12/2020
mostram 6.901.952 casos confirmados e 181.402 óbitos – uma taxa de letalidade
de 2,6% (define-se taxa de letalidade ou fatalidade como a razão entre o número
de óbitos de determinada doença e o número de pessoas que foram acometidas pela
mesma doença).
07 – Como a doença é transmitida? Por contato com pessoas
infectadas (aperto de mão, gotículas de saliva, espirro, tosse e catarro).
Através de superfícies contaminadas (celulares, mesas, talheres, maçanetas,
brinquedos, teclados de computador etc.). Existe controvérsia sobre o poder de
transmissão das doenças através de superfícies contaminadas, mas a recomendação
atual é desinfecção contínua dessas superfícies.
08 – Como se proteger?1. Lavar as
mãos com frequência até a altura dos punhos. Utilizar água e sabão ou álcool em
gel a 70%. Quanto em ambiente público a frequência de lavagem das mãos deve ser
aumentada.2. Manter a
distância mínima de 2 metros entre pessoas em lugares públicos e de convívio
social. Evitar contato pessoal (abraços e beijos).3. Higienizar
com frequência celulares e outros objetos. Não compartilhar objetos de uso
pessoal.4. Mantenha
o ambiente ventilado5. Utilizar
máscara em todos os ambientes e higienizá-las com frequência.6. Caso apresente sintomas procure auxílio médico e
inicie o isolamento até o diagnóstico ou não da doença.7. Isolamento de casos suspeitos e confirmados.
09 – Caso eu tenha a doença devo fazer o
isolamento em casa? Sim. É recomendável que desde o
início dos sintomas até o diagnóstico o paciente inicie o isolamento. Utilize
máscara o tempo todo, se possível utilize ambiente isolado na casa inclusive
instalações sanitárias. Caso não seja possível proceder a higienização do vaso
sanitário sempre após a cada uso, além da pia e outras superfícies com álcool
ou água sanitária. Separar toalhas, garfos, facas, colheres e todos os objetos
de uso pessoal. Evitar compartilhar cadeiras, mesas. É importante que todos os
demais moradores mantenham distanciamento do paciente, inclusive animais de
estimação. E caso desenvolvam sintomas iniciem também o isolamento. Em caso de
dúvida procure orientação médica.
10 – Qual o tempo de isolamento? 14 dias contados a partir do
início dos sintomas. Ao final do período do isolamento o paciente deve não
apresentar mais nenhum tipo de sintomas por pelo menos 3 dias. Nos casos graves
recomenda-se ao final do isolamento a testagem para avaliar se o paciente
realmente está curado. Caso o paciente ao final do período de isolamento ainda
apresentar sintomas deve procurar o médico para definir se pode ou não voltar a
suas atividades normais.
11 – Pessoas recuperadas da
doença podem infectar outras? Teoricamente pessoas já
recuperadas (tiveram a doença e se recuperaram) não podem infectar diretamente
outras pessoas. Contudo ainda não se sabe qual é o tamanho do risco de
reinfecção da doença, ou seja, se a pessoa pode ter novamente a mesma doença.
Nessa situação ela passaria novamente a ser infectante (pode infectar outros).
Também há a possibilidade de o paciente recuperado transmitir os vírus
carreando-o (carregando o vírus) de um ambiente para outro.
Assim a recomendação é que,
mesmo os pacientes recuperados, continuem a seguir as recomendações gerais até
que outros estudos definam melhor os riscos.
12 – Quais os tratamentos disponíveis Evidências até o momento mostram
resultados com uso de oxigenioterapia em paciente de alto risco e com doenças
graves. A dexametasona (corticosteroide) mostra redução do tempo em ventilação assistida
(paciente entubado). O uso de remdesivir, hidroxiclororquina, lopinavir,
ritonavir e interferon mostraram poucos ou nenhum efeito sobre a taxa de
mortalidade nos primeiros 28 dias de paciente hospitalizados. Estudos com
hidrozicolorquina não mostram benefícios no tratamento da doença (fonte:
Organização Mundial da Saúde).
13 – Infecção por Covid-19 e amamentação Até o momento não há evidências
de transmissão de infecção via leite materno. Portanto não há razão para que
não haja aleitamento materno. Contudo todos os cuidados para evitar a
transmissão da doença para a criança durante a amamentação devem ser tomados.
14 – Uso de máscara por crianças A Organização Mundial de Saúde
recomenda o uso de máscaras da mesma forma que para os adultos para crianças
acima de 12 anos. Para crianças entre 06-11 anos de idade para o uso da máscara
deve ser levado em consideração a fase da doença na região onde a criança vive
(aumento de casos ou redução dos casos novos), a habilidade da criança em usar
a máscara apropriadamente, presença de um adulto para continuamente
supervisionar a criança quando ao uso adequado da máscara, assim como sua
higienização, impactos psicológicos potenciais no uso da máscara e contato da
criança com outras pessoas que estão no grupo de risco.
Crianças abaixo de 05 anos não
devem utilizar máscaras. Contudo situações especiais devem ser analisadas,
exemplo caso a criança tenha que ficar no mesmo ambiente que uma pessoa doente.
É imprescindível a presença de um adulto continuamente monitorando a situação
da criança durante o uso da máscara. (fonte Organização Mundial da Saúde).
Em caso de dúvidas é muito
importante consultar seu médico de confiança.
15 – Superfícies podem conter vírus? Sim. Até o momento os estudos em
laboratórios mostram que os vírus continuam viáveis em superfícies diversas por
até dois dias. Contudo há controvérsia se, em ambiente real, a mesma situação
poderia se repetir. Portanto é muito mais seguro proceder a desinfecção das
superfícies já que os dados até o momento mostram que o risco existe, ainda que
pequeno.
A recomendação para desinfecção
das superfícies é o uso de água sanitária na concentração de 0,1% ou 1.000
parte por milhão. Álcool 70% também pode ser utilizado. Idealmente a
desinfecção deve ser precedida pela lavagem da superfície com água e sabão (da
área mais limpa para a área mais suja da superfície que está sendo limpa).
16 – Alimentos podem transmitir o vírus? Não, não há evidência até o
momento de que alimentos transmitam vírus, inclusive aqueles de origem animal.
Contudo a boa manipulação dos alimentos de ser regra em função de outras
doenças que podem ser transmitidas por alimentos de procedência duvidosa ou
manipulação incorreta. Também importante ressaltar a necessidade de proteção
individual e os cuidados já indicados durante as compras e ao retornar para casa
após essas compras, assim como por aqueles que processam os alimentos. É
imprescindível comprar alimentos de fontes seguras e certificadas por
autoridades competentes.
17 – Pacientes com HIV tem risco
aumentado em caso de infecção pelo Covid-19? Sim. Pacientes portadores de HIV
em estágio avançado da doença com baixa contagem de CD4 e/ou alta carga viral
tem maior risco de desenvolver a doença caso não estejam em tratamento antirretroviral.
Para os pacientes que estão clinicamente estáveis e imunologicamente
competentes não se sabe se há risco aumentado em relação a população geral.
Ainda não se conseguiu diferenciar se a doença traz em si maior risco quando
comparada as outras comorbidades que o paciente portador de HIV pode ter.
18 – Covid-19 e Influenza
(gripe) As duas doenças têm
sintomatologias similares – causam especialmente doenças respiratórias e se
apresentam desde assintomáticas até formas graves. A transmissão também é
semelhante através de contado pessoal e gotículas contaminadas através de espirros
e tosses. Como resultado a forma de controle também é semelhante.A velocidade de transmissãoé um ponto importante de diferença entre os dois vírus. A influenza tem um
período de incubação médio mais curto (o tempo desde a infecção até o
aparecimento dos sintomas) e um intervalo em série mais curto (o tempo entre os
casos sucessivos) do que o vírus COVID-19. O intervalo de série para o vírus
COVID-19 é estimado em 5-6 dias, enquanto para o vírus da gripe, o intervalo de
série é de 3 dias. Isso significa que a gripe pode se espalhar mais rápido do
que COVID-19.O número reprodutivo - o
número de infecções secundárias geradas a partir de um indivíduo infectado - é
considerado entre 2 e 2,5 para o vírus COVID-19, mais alto do que para a
influenza.As crianças são importantes
condutores da transmissão do vírus da gripe na comunidade. Para o vírus COVID-19,
os dados iniciais indicam que as crianças são menos afetadas do que os adultos
e que as taxas de ataque clínico no grupo de 0-19 anos são baixas. Outros dados
preliminares de estudos de transmissão domiciliar na China sugerem que crianças
são infectadas por adultos, e não vice-versa.
Embora a gama de sintomas para
os dois vírus seja semelhante, a fração com doença grave parece ser diferente.
Para COVID-19, os dados até o momento sugerem que 80% das infecções são leves
ou assintomáticas, 15% são infecções graves, requerendo oxigênio e 5% são
infecções críticas, requerendo ventilação. Essas frações de infecção grave e
crítica seriam maiores do que as observadas para a infecção por influenza.
Aqueles que apresentam maior
risco de infecção por influenza grave são crianças, mulheres grávidas, idosos,
pessoas com condições médicas crônicas subjacentes e pessoas imunossuprimidas.
Para COVID-19, nosso entendimento atual é que a idade avançada e as condições
subjacentes aumentam o risco de infecção grave.
A mortalidade para COVID-19
parece mais alta do que para influenza, especialmente influenza sazonal. Embora
a verdadeira mortalidade de COVID-19 leve algum tempo para ser totalmente
compreendida, os dados que temos até agora indicam que a taxa bruta de mortalidade
(o número de mortes relatadas dividido pelos casos relatados) está entre 3-4%,
a mortalidade por infecção taxa (o número de mortes relatadas dividido pelo
número de infecções) será menor. Para a influenza sazonal, a mortalidade é
geralmente bem abaixo de 0,1%. No entanto, a mortalidade é em grande medida
determinada pelo acesso e qualidade dos cuidados de saúde.
19 – ar-condicionado e
ventiladores Sistemas de ar-condicionado e
ventiladores com manutenção adequada não devem aumentar o risco de transmissão do
coronavírus. Ventiladores são seguros em ambientes em que haja uma única
pessoa. Naqueles em que haja mais de uma pessoa no ambiente não é recomendado
seu uso.
Os sistemas de ar-condicionado
devem ser inspecionados e limpos regularmente para prevenir a transmissão da
doença. Um aspecto fundamental é o uso de filtros apropriados e corretamente
manutenidos. A segurança de uso desses equipamentos está relacionada a taxa de
troca de ar entre o ambiente interno e externo, a redução da recirculação do ar
interno e consequentemente o uso do ar externo. Assim os modos de recirculação
de ar não devem ser usados, já que não promovem a troca de ar com ambientes
externos.
Em caso de dúvida procure o
fabricante do aparelho.20 – Viagens de avião e risco de
infecção por Covid-19Em primeiro lugar as mesmas
precauções tomadas em quaisquer ambientes devem ser tomadas durante o voo –
distanciamento social, uso de máscaras e lavagem contínua das mãos. O ar dentro
do avião é composto de aproximadamente 50% de ar recirculado filtrado e 50% de
ar externo, sendo, portanto, essencialmente limpo.
Assim as outras precauções são
importantes para evitar a transmissão da doença. Em caso de dúvida procure a
companhia aérea para avaliar se todos os protocolos de segurança estão sendo seguidos
e se o voo é seguro.
21 – Transmissão da doença por
Pets Um grupo pequeno de animais de
estimação testaram positivo para o Covid-19, contudo até o momento acredita-se
que o risco de transmissão da doença seja baixo. Recomenda-se tratar os animais
de estimação como os demais membros da casa, evitando contato com pessoas fora
do convívio social habitual, ou seja, o isolamento social vale também para os
animais de estimação.
Quando os levar para passear
evite contato com outros animais, mantenha o distanciamento de dois metros.
Também não deve ser utilizada máscara para os animais. Evite o contato do
animal com pessoas doentes.
Os estudos sobre a
transmissibilidade da doença por animais de estimação ainda estão sendo
realizados. Em caso de dúvida procure seu veterinário.
22 – a reinfecção por
coronavírus é possível? Sim. Já foram relatados casos de
reinfecção por coronavírus. São ainda poucos casos – foram reportados somente
28 casos no mundo até o momento, mas estima-se que haja aumento como o avanço
da infecção. Contudo é importante ressaltar que a reinfecção bem documentada e
diferenciada da simples manutenção da doença prévia ou de um erro diagnóstico
na primeira infecção. A prova de uma segunda infecção na mesma pessoa demanda
análises genéticas do vírus e pesquisa por mutações que possam ser comparadas
com a primeira infecção e as diferenças estabelecidas.
23 – Quanto tempo dura a
imunidade para coronavírus. Ainda não se sabe. Em parte, a
dúvida ocorre porque o tempo do aparecimento da doença é muito curto e, portanto,
a janela de avaliação de imunidade é pequena, apenas alguns meses. Já se sabe
que deve durar pelo menos 6 meses.
24 – Existem vacinas para a
covid-19 Sim já existem vacinas em uso
para a covid-19.
25 – As vacinas são seguras? Sim, desde que aprovadas e
avaliadas por órgãos reguladores competentes e independentes.
Definições:Taxa de mortalidade, coeficiente de mortalidade –
corresponde a razão entre os óbitos de determinada doença e a população geral.Pandemia –
caracterizada quando uma epidemia tem distribuição geográfica abrangente
atingindo mais de um país ou continente.Epidemia – em
epidemiologia é conceituada como “uma alteração, espacial e cronologicamente
delimitada, do estado de saúde-doença de uma população, caracterizada por uma
elevação inesperada e descontrolada does coeficientes de incidência de
determinada doença, ultrapassando valores do limiar epidêmico preestabelecido
para aquela doença.Coeficiente de incidência – razão
entre o número de casos novos de determinada doença em determinado período e
local e a população do mesmo local e período.
Fontes:
01 – Opas – Organização Pan-Americana de Saúde.
02 – WHO – World Health Organization.
03 – Centro de vigilância Sanitária – Secretaria de Estado da
Saúde de São Paulo.
04 – CDC – Centers for Disease Control and Prevention –
Department of Health and Human Services.
05 – Fiocruz – Fundação
Oswaldo Cruz
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